Trata-se de um dos primeiros livros de sucesso de Bert Hellinger. O livro apresenta conferências e histórias que reúnem o essencial do pensamento e da prática de Hellinger nas constelações familiares até 1996, quando o livro foi lançado. Apresenta muitas explicações sobre dinâmicas sistêmicas, histórias criadas por Bert Hellinger com forte simbologia e reflexões do autor.
Como em todos os livros de Hellinger, as conclusões são sempre construídas a partir da fenomenologia, ou seja, a partir de casos concretos. Foi um livro inovador na época e apresentou conceitos importantes para as constelações familiares.
Este livro apresenta um conceito fundamental dentro das constelações: a consciência moral, ou seja, a boa e má consciência. O tema da consciência seria retomado e aprofundado nas suas obras seguintes, mas aqui este conceito já está estruturado.
Hellinger também fala de algo central para as constelações familiares: o que chamou de centro vazio, e explica como nos conectamos com ele.
O próprio Hellinger, na Introdução, conta uma história sobre o centro vazio:
“E o que inspirou o título deste livro? Contarei uma história a respeito:
Alguém perguntou a um velho mestre: “Como você consegue ajudar outras pessoas? Elas frequentemente o procuram e lhe pedem conselho em assuntos que você mal conhece. Apesar disso, sentem-se melhor depois.
O mestre respondeu: Quando alguém para no caminho e não quer prosseguir, isso não depende do saber. Ele busca segurança onde é preciso coragem, e quer liberdade onde o certo não lhe deixa escolha. E com isso fica dando voltas.
O mestre, porém, não cede ao pretexto e à aparência. Busca o centro e, recolhido nele, aguarda que uma palavra eficaz o alcance, como o navegador que abre suas velas ao vento. Quando alguém o procura, encontra-o no mesmo lugar onde ele próprio precisa chegar, e a resposta vale para os dois. Pois ambos são ouvintes”.
E o mestre acrescentou: ‘No centro sentimos leveza’.”