Felicidad que permanece – Bert Hellinger – 2006

Este livro, publicado pela primeira vez em 2006, sintetiza a postura que leva à felicidade. Nele, Hellinger explica suas novas compreensões sobre as constelações. Em cerca de cem páginas e com linguagem fácil, resume o que as constelações revelaram sobre a felicidade, sobre a vida, o amor e os relacionamentos. (Tenho a versão em espanhol, não achei em português, não sei se foi traduzido para o português).

Hellinger descobriu que a felicidade é plena quando todos os que formam parte da minha família recebem um lugar no meu coração. O essencial que compõe a felicidade se reduz a três palavras: sim, por favor, obrigado. Trata-se de estar em harmonia com a consciência arcaica, que não tolera exclusão, que respeita o lugar de cada um, para além da estreita consciência que se orienta pelos critérios de bom e mau. Assim, encontramos plenitude e uma felicidade que permanece. 

Ao unirem-se homem e mulher, cada um obtém o que lhe falta. Amor à segunda vista significa: amo você e aquilo que conduz a mim e a você. Não olham mais apenas para si mesmos e seu desejo, olham para algo maior que os ultrapassa. Se ambos os membros do casal estiverem em conexão com a própria mãe, eles serão felizes. 

Numa família, todos estão unidos como se tivessem uma alma em comum, à qual os mortos também pertencem. Se assentimos com os vínculos do destino, seja o que for que exige de nós, ganhamos uma profundidade especial por renunciar. Assim crescemos, envolvidos em algo maior, nos ampliamos. Somos íntimos dentro ou fora de nós? Somos íntimos em algo que nos abarca. 

Filhos são felizes quando seus pais respeitam e ficam felizes com o companheiro. A criança assume pelos demais, olha com amor aos excluídos. A pedagogia sistêmica ajuda as crianças a sair de um emaranhamento e põe algo em ordem em seu sistema familiar. 

Esse livro anuncia novas compreensões sobre as constelações. Hellinger havia percebido que, nas constelações, existe uma força nos sistemas que encontra a solução por si mesma – o que chamou de “movimentos da alma”. Porém, como anuncia no último subtítulo do livro, percebeu que atuava ainda uma outra dimensão, espiritual, impondo-se a distinção entre o campo espiritual da consciência e um campo espiritual de maior alcance, que ultrapassa os limites da consciência. Ele chamou isso de “movimento do espírito”: um movimento criativo que movimenta tudo. Hellinger não sabia definir de onde vinha essa força nas constelações, mas percebeu que as soluções que surgiam nas constelações incluíam a todos, num movimento de reconciliação, respeito e amor. Por isso, só podemos sintonizar com esse movimento se estamos abertos a tudo tal como é. Esse caminho conduziria a um novo futuro das constelações familiares, constelações familiares mais espirituais. 

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