Um lugar para os excluídos – Bert Hellinger – 2005

É o segundo livro em que Bert Hellinger é entrevistado por Gabriele ten Hövel – o primeiro foi traduzido para o português sob o título “Constelações familiares”. Em “Um lugar para os excluídos”, Gabriele ten Hövel continua com suas perguntas perspicazes e aprofundadas, resultando numa obra de 80 páginas de imensa relevância sobre a filosofia das constelações familiares sobre a biografia de seu criador, Bert Hellinger.

Hellinger narra fatos importantes de sua juventude, experiências como soldado na Segunda Guerra Mundial, sua vida como missionário católico na África do Sul e sua caminhada como terapeuta. Esclarece o caminho que o levou às descobertas terapêuticas e fala das transformações que as constelações familiares estavam experimentando naquele momento, numa linha mais espiritualizada. Explica os cinco círculos do amor: o primeiro em relação aos pais, ampliando até o quarto e quinto círculos do amor, quando se ultrapassam os limites da consciência e por fim, nosso amor abarca todos os seres humanos.

Esse livro foi escrito no calor das críticas e polêmicas que surgiram em torno de Bert Hellinger, especialmente na Alemanha. A entrevistadora retoma objeções às ideias e aos procedimentos de Hellinger, às quais ele responde e explicando sua maneira de pensar e agir. Por isso, é uma leitura fundamental, pois este livro aprofunda alguns pontos complexos do pensamento de Hellinger, na maturidade de seus 80 anos de idade, quando já havia descoberto os movimentos da alma nas constelações familiares.

O texto nos brinda com a visão ampla e conciliadora de Hellinger sobre questões diversas, como: “Eu honro as mães por uma compreensão filosófica”; “As vítimas têm o direito de cidadania em nosso coração”; “Vejo Hitler como um ser humano, sem desculpar nada”; “Olhar os mortos com amor, em vez de apelar para a consciência dos vivos”; “A indignação desconhece a compaixão”.

Hellinger retoma temas centrais nas constelações, como a consciência, a paz, as possibilidades e os limites das constelações familiares, bem como a filosofia e a metodologia das constelações guiadas pelos movimentos da alma, como Hellinger as chamava, e no que diferiam das primeiras constelações familiares. 

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